January 05, 2010

Senta, que lá vem história.

Pegando inspiração da Paula Toller, aí vai:


To tentando?


Bom se fosse, estou mesmo é querendo e pensando. Tentando, no momento, não. Essa é a minha arte: pensar, e pensar muito.


Estou pensando em largar tudo. Estou pensando em trabalhar de vendedora de loja. Estou pensando em virar escritora.


Se bem que, tudo isso é o que estou sentindo agora. Na verdade, estou é querendo.


Estou querendo morar no interior. To querendo virar uma super sábia. Morar na praia. Em Galway. Em Dublin. New York! Ganhar muito dinheiro, gastar tudo em roupas, viagens, livros e mais livros. Ser magra e comer sem pesares. Falar italiano, já que serei ítalo-brasileira. Falar francês. Não falar alemão. Ler Meg Cabot e não escutar críticas sobre ela, apesar de não suportar sua principal série. Ler Marian Keyes e se sentir tocada e tentada a ser uma de suas personagens. Morar sozinha, ter minhas próprias contas para pagar (acredite se quiser), uma casinha própria para eu fazer o que bem entender dela e nela. Escrever muito, embora sem criatividade extrema para tanto. Criticar filmes. Criticar livros. Criticar você. Explodir o mundo. Calar bocas. Dias de sol. Muitos dias de chuva. Dias frios. Um dia quente basta. Dormir de noite. De dia. Abraçar, esmagar. Não sentir vergonha. Sentir orgulho. De ser o quê? Abrir uma livraria. A nossa livraria. Ter a nossa casa. As nossas contas, a nossa casinha para fazer o que bem entender nela e dela. Ter paredes de estantes de livros. Ter muitos filmes. Odiar muitos livros. Criticá-los. Elogiar escritores não tão bons. Elogiar-me. Morar na Itália. Parlar italiano. Tentar gostar de certas coisas. De certas pessoas. Ser madura, voltar a ser criança. Fazer a unha, ta horrível.
Quer saber, to querendo mesmo é escutar e ouvir. Voar e não voltar mais. Que chova e que faça sol. Gritar e calar. Inspirar, expirar.


Eu amo a vida, fazer o quê?